AGONIA
poema escrito por
Vanda de Freitas Bezerra
(16.04.1982)
Vanda de Freitas Bezerra
(16.04.1982)
Através da vidraça
De um passado misterioso
Fico a implorar clemência
Aos que caminham em descompasso
Pela lembrança morta
De tudo que não existiu...
É chocante a dor ausente
Que jaz nas sombras lúgubres
Dos meus pensamentos.
Eterno riso que ecoa surdo
Na garganta oprimida
Da vida sem vida
De um pequeno Ser.
Uma lágrima brotou
No riacho da agonia.
Seguiu seu curso...
Outra a seguiu...
Hoje não é mais um riacho,
É um rio.
Areias de desconsolo
Numa praia tão esquecida
Vem o vento da saudade
E se junta à paz perdida.
O céu ainda é azul
E de tamanha imensidão
Se contrastando com a areia
Tão pálida aqui no chão.
A tarde, clama pela noite
A noite, reclama o dia.
Eu... busco além de mim mesma,